Uma pesquisa realizada Universidade de Londres, Industry Canada e Decima Research pesquisou os hábitos dos usuários canadenses de redes P2P (Peer to Peer) de compartilhamento de arquivos. Essas redes, como todos sabemos, levam os usuários ao pecado da pirataria, o que deixa órgãos como a RIAA extremamente chateados, pois ao invés de encherem os bolsos deles de grana com um modelo que há muito tempo não funciona mais colaborarem para o progresso da indústria fonográfica, os faz terem que inventar outros meios de seduzir clientes, o que nem sempre dá certo.
Mas o que é interessante mesmo é o que este estudo (que você pode ver completo aqui) descobriu: quem baixa música nestas redes de compartilhmento compra mais música. A pesquisa não visava provar nada; foi um estudo encomendado pelo governo para que se tomem decisões polÃticas mais acertadas. Pois é, cada paÃs tem o governo que merece.
O estudo chegou às seguintes conclusões:
– Os downloads nas redes P2P não aumentam nem diminuem compras de músicas por “vias legais”;
– Os preços dos CDs têm pouco impacto na decisão de compra do consumidor canadense;
– Pessoas que compram música online não deixam de comprar CDs por causa disso;
– Pessoas que possuem mp3 players são menos inclinadas a comprar CDs;
– Renda familiar não influi (pelo menos estatisticamente) na compra de CDs ou em lojas online;
E, a que eu penso ser a mais significativa:
– Consumidores de entretenimento consomem mais entretenimento.
Ou seja: Não é o compartilhamento de arquivos via P2P que prejudica a indústria fonográfica, porque na verdade isso aumenta o consumo. Isso se deve ao fato de que as pessoas querem ouvir antes de comprarem CDs para evitar decepções, além é claro, de se descobrirem novos artistas através do compartilhamento.
Outro motivo é que boa parte do que está à disposição nestas redes não é possÃvel de ser encontrado em CDs ou em lojas online; as pessoas estão interessadas em comprar, são as gravadoras que não tornam isso possÃvel – caçadores de bootlegs, não me deixem mentir sozinha! Isso não vem de hoje: na época dos gravadores de fitas cassete, também acusavam de pirata quem gravava a programação das rádios ou emprestava suas fitas aos amigos.
E não é só relacionado a música: aqui no Brasil, a pirataria do filme Tropa de Elite o transformou em uma das maiores bilheterias do cinema nacional!
Talvez esteja na hora de a Grande Indústria ver o que ela está fazendo de errado.
Fontes: Meio Bit
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